Este projeto está diretamente ligado às atividades do grupo de estudos Vilém Flusser, coordenado por mim e pelo prof. Osmar Gonçalves dos Reis Filho desde o início do ano de 2010, e conta com a participação de alunos da pós-graduação em Comunicação da UFC e da graduação de diversos cursos do ICA, como Jornalismo, Publicidade e Progaganda, Cinema e audiovisual e Filosofia, além de alunos do mestrado em Letras da UFC e alunos de outras instituições, como a UECE e pesquisadores mestres e doutores. O grupo de pesquisa e estudos Vilém Flusser faz parte das atividades do Licca (Laboratório de investigação em Corpo, Comunicação e Arte) e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará e nasceu com o objetivo de estudar aspectos do pensamento e da obra do filósofo de origem tcheca Vilém Flusser. No ano de 2012, organizamos o evento Internacional Simpósio Flusser em Fluxo, que aconteceu nos dias 24 e 25 de maio na UFC.
-AS FACES DO ROSTO
Mais do que qualquer outra parte do corpo, tendemos privilegiar o rosto na identificação de nós mesmos ou no reconhecimento do outro (Sacks, 2010; Courtine & Haroche, 2007 ; Agamben, 1996). Desde o nosso nascimento, estudos mostram que lemos rostos. É pelo rosto que se dá o processo inicial de socialização dos bebês e sua complexa inserção no mundo da linguagem. É pelo rosto que sorri, chora, expressa prazer ou a agonia da fome, medo ou dor, que se estabelecem as nossas primeiras formas de comunicação e de vinculação (Cyrulnik, 1995; Sacks, 2010). Hoje, mais do que qualquer outra parte do corpo, é do rosto a imagem mais onipresente. Rostos que vendem sabonetes, notícias, refrigerantes e ideais políticos. Há rostos por todos os lados, nos convidando, nos convocando, nos espionando e calculadamente fingindo nos ignorar. Nosso consumo desenfreado por feições novas e frescas faz crescer de forma galopante uma constelação de faces que (num movimento de uma ordinária prosopagnosia), rapidamente esqueceremos e confundiremos com tantas outras. Esses rostos midiáticos devem manifestar algo, expressar, incitar em nós um desejo de interpretá-los e consumi-los. O estudo comparativo entre humanos e animais, de Charles Darwin (1972) desperta no historiador da arte Aby Warburg o interesse pelas expressões faciais; e o psicanalista inglês Donald Winnicott, em seu profícuo diálogo com Jacques Lacan (1949; 1964), discorre sobre o papel do rosto da mãe como espelho e como matriz dos processos identificatórios, apontando uma relação de continuidade entre o registro de uma troca sensível com a mãe e a criatividade da criança; na ausência dessa troca, o seu contraponto: a experiência do vazio e as angústias primitivas. Este projeto, que envolve áreas como Comunicação Social, Fotografia, Semiótica, Biologia, Filosofia, História, Psicanálise e Arte, tem como objetivo desenvolver parcerias entre áreas de conhecimento diversas, como a Pós-graduação em Comunicação e a Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Ceará, além de pesquisadores, grupos e Laboratórios que se dediquem a essa temática.
-TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA: PALAVRA E IMAGEM
Mais do que qualquer outra parte do corpo, tendemos privilegiar o rosto na identificação de nós mesmos ou no reconhecimento do outro (Sacks, 2010; Courtine & Haroche, 2007 ; Agamben, 1996). Desde o nosso nascimento, estudos mostram que lemos rostos. É pelo rosto que se dá o processo inicial de socialização dos bebês e sua complexa inserção no mundo da linguagem. É pelo rosto que sorri, chora, expressa prazer ou a agonia da fome, medo ou dor, que se estabelecem as nossas primeiras formas de comunicação e de vinculação (Cyrulnik, 1995; Sacks, 2010). Hoje, mais do que qualquer outra parte do corpo, é do rosto a imagem mais onipresente. Rostos que vendem sabonetes, notícias, refrigerantes e ideais políticos. Há rostos por todos os lados, nos convidando, nos convocando, nos espionando e calculadamente fingindo nos ignorar. Nosso consumo desenfreado por feições novas e frescas faz crescer de forma galopante uma constelação de faces que (num movimento de uma ordinária prosopagnosia), rapidamente esqueceremos e confundiremos com tantas outras. Esses rostos midiáticos devem manifestar algo, expressar, incitar em nós um desejo de interpretá-los e consumi-los. O estudo comparativo entre humanos e animais, de Charles Darwin (1972) desperta no historiador da arte Aby Warburg o interesse pelas expressões faciais; e o psicanalista inglês Donald Winnicott, em seu profícuo diálogo com Jacques Lacan (1949; 1964), discorre sobre o papel do rosto da mãe como espelho e como matriz dos processos identificatórios, apontando uma relação de continuidade entre o registro de uma troca sensível com a mãe e a criatividade da criança; na ausência dessa troca, o seu contraponto: a experiência do vazio e as angústias primitivas. Este projeto, que envolve áreas como Comunicação Social, Fotografia, Semiótica, Biologia, Filosofia, História, Psicanálise e Arte, tem como objetivo desenvolver parcerias entre áreas de conhecimento diversas, como a Pós-graduação em Comunicação e a Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Ceará, além de pesquisadores, grupos e Laboratórios que se dediquem a essa temática.
Projetos de Extensão:
Áreas de Interesse:
Semi�tica
Literatura
Arte
Est�tica
Comunica��o
Religi�o
Disciplinas:
ICA2029 - SEMIOTICA T psaviomaciel Sala CS212 Quinta 08:00/12:00
Total de Créditos 0
Hoje é o aniversário de KAMILA BOSSATO FERNANDES
Hoje é o aniversário de ANDRE LECLERC
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